Quem tem aquele costume antigo de pedir a benção das pessoas mais velhas, e de adquirir conhecimento por meio das fantásticas histórias que eles já viveram, irá se emocionar com uma gira de Preto Velho. Os pretos velhos na Umbanda são os nossos grandes conselheiros, sempre com palavras doces e meigas. Nos mostram principalmente a humanidade, a paciência, o amor e a caridade, apesar de a maioria ter sido escravos, ajudam a qualquer um que lhe pedir ajuda, sem pedir nada em troca, optaram por orientar todos que confiam em sua sabedoria e manter toda força e poder para abrir caminhos, por isso nunca os julguem por sua aparente fragilidade física, pois a energia que carregam em seu peito os motivam a alcançarem pontos inimagináveis.
Os pretos velhos não necessariamente são espíritos de negros escravos, hoje vê-se em terra espíritos nesta linha que foram hindus, orientais entre outros que se assemelham com o trabalho desta linha. Mas a maioria ainda são de negros que encarnaram na mãe África, principalmente em Angola, Congo, Moçambique e Guiné e também aqueles que encarnaram no Brasil.
É fácil conhecer um preto velho em terra pois os aromas das ervas queimadas em seus cachimbos tomam conta do ar, alguns usam bengalas ou cajados, as pretas com seus lenços e mantas, ou até mesmo seu chapéu de palha.
Esta linha trabalha em seus passes a magia Divina, manipulando com maestria o uso de ervas. A Linha para a qual trabalha está direcionada ao mistério Ancião, e tem como fundamento proporcionar a evolução dos seres. Em seus atendimentos ele abre o caminho, limpando a mente, físico e espírito de cada um o colocando no caminho correto para a felicidade por meio da compreensão.
O Preto Velho representa a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São, para aqueles que o procura, o sábio que cura, ensina e educa; atende aos encarnados e desencarnados necessitados de luz e de um caminho a trilhar.
Por isso podemos dizer que dentro de um terreiro de Umbanda quem manda são os pretos velhos, nada se faz ou acontece sem a aprovação deles, Exu não move uma unha sem autorização de um preto velho.
Cores: Preto e Branco
Comidas: Bolo de fubá, bolo de milho, tutu de feijão, doces naturais, frutas, dentre outras.
Bebidas: café, batida de coco, cachaça, dentre outras.
Local de entrega: Lugar bonito, cheio de paz ou indicado pela entidade.
Data comemorativa: 13 de Maio
Dia da semana: Domingo
Ervas principais: alecrim, arruda, guiné, alfazema, benjoim, dentre outras.
Saudação: Adorei as Almas.
Uma linha de sabedoria e força, evoluídos e sérios,
guerreiros e energéticos, os caboclos são procurados principalmente pelos seus
sábios e sensatos conselhos alem dos poderosos passes energéticos. Promovem a
cura e o desenvolvimento de seus assistidos.
É uma entidade tipicamente brasileira, buscando resgatar os
valores de nossa terra antes que fosse culturalmente modificada pelo” homem
branco”.
Geralmente, identificados com a imagem de indígena (colar,
cocar, penas e saiotes), as pessoas acreditavam que apenas índios poderiam ser
caboclos e assim identificava-os como um dos guia-chefes da nossa religião.
Porem, o caboclo é uma linha da Umbanda que não possuía apenas aos índios, mas
tem as características necessárias ao papel, apresentando-se como um nativo
indígena primitivo.
Ele tem a missão de guiar os demais seres humanos por meio
de conselhos e direcionamentos sobre diversas questões e também para estimular
aos atos da caridade. Essas entidades não gostam muito de falar ou opinar sobre
o amor, visto que os valores tribais desconhecem a forma romântica e urbana a
qual lidamos. Preferem dar lições, carinho e conforto baseados em sua sabedoria
da alma humana.
Utilizam várias formas de descarregar e energizar os
consulentes, a maioria usa o charuto como dispersor de energias negativas. Eles
possuem um vasto conhecimento do uso de ervas como plantas medicinais e
costumam passar banhos para todos. Também utilizam assobios e brados para
equalizar a frequência energética da casa e limpar as energias estagnadas de
todos ali presente. São ótimos no encaminhamento de obsessores com sua leveza e
luz.
Embora sejam mais conhecidos pela regência de Oxóssi, há
caboclos de todas as linhas de orixás: Xangô, Ogum, Oxalá, Iansã, Iemanjá e
Oxum (SIM!! Além das CABOCLAS existem CABOCLOS com a regência de orixás
femininos).
As giras de Caboclos são alegres e poderosas, se você
precisar de ajuda, peça por um caboclo e ele certamente lhe dará o melhor
socorro através de sinais e coincidências no dia a dia.
São amantes da natureza e vieram para nos ensinar uma
profunda lição de amor a nós mesmos, aos semelhantes e a todo o Universo.
Cores: Caboclos de Oxóssi: Verde
Caboclos
de Xangô: Castanho
Caboclos
de Ogum: Branco e Vermelho
Comidas: Todos os tipos de frutas
Bebida: água, cerveja branca, cerveja preta.
Local de entrega: Matas, montanhas, praias, estradas, campos
abertos
Data comemorativa: Comemora-se as datas dos Orixás regentes.
Ervas: todos os tipos de ervas
Saudação: Okè Aro, Kaô Kabècile, Ogum-nhê
Peça orientação a um dirigente ou membro da hierarquia para
saber o que cada caboclo necessita nas suas entregas.
Erês, Ibeji, Ibejada diversos são os nomes dado as crianças na Umbanda, sincretizados aos santos católicos Cosme e Damião (duas divindades gêmeas). Protetor das crianças e determinados para a regência da infância até a adolescência. São muito ligados a linha das almas (pretos e pretas velhas), sempre pedindo sua benção.
Abençoam os partos, os lares, trazendo saúde e prosperidade. Estão relacionados a tudo que brota, que se inicia: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar as plantas. Valorizam as brincadeiras, o sorriso, a alegria, a espontaneidade e a ingenuidade; enfim, tudo que se possa associar ao comportamento típico - infantil.
Na umbanda os erês tem uma grande importância em seus rituais, são sempre cultuados para trazerem harmonia, alegria e união. Os trabalhos de uma entidade dessa é tão forte que nenhuma outra entidade consegue desfazer, pois eles trabalham com um amor e uma pureza tão grandiosa que não se igualam. Embora as crianças brinquem, dancem, cantem e ate mesmo dormem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos.
Os erês não se enganam nunca, não devemos esquecer que estamos em contato com uma energia infantil, a qual não devemos nada prometer se não pudermos cumprir. Erê ajuda sempre aos que lhes são simpáticos a troco de nada, no entanto, se prometermos teremos que cumpri.
As giras de Erê são consideradas um momento de grande alegria, onde as vibrações de esperança e descontração reafirmam a certeza de que a vida há de ser sempre bela e alegre. O elemento e força da natureza correspondente dos erês são todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos.
Apensar da aparência frágil, são verdadeiramente fortes e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho.
Cores: Rosa e Azul
Comidas: Balas (rebuçados), pirulitos (chupas), doces de qualquer tipo, dentre outros
Bebidas: água, suco de frutas, guaraná
Local de entrega: Parques, jardins, lugares que crianças frequentam
Data comemorativa: 27 de Setembro
Saudação: Erês ou Oni, beijada! – Significado Erês (yorubá) “diversão e brincadeira” Oni, beijada “Ele é dois!” , saudação igual a dos orixás Ibeji.
Os boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão. São Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro etc.
Os boiadeiros, de modo geral, utilizam chapéus de vaqueiro, laços de corda, chicote de couro entre outras coisas que lembram sua vida no campo e fazendas. Trabalharam com gados, cavalos, plantações, gostam de canções antigas que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.
Traz o seu sangue quente do sertão, o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado, habilidoso, valente e de muita força física.
Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas que ali estiverem. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores. Também representam a humildade, representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com força e fé muito grande.
Aprenderam com os indos o respeito com a natureza e o manuseio das ervas, plantas e curas, com os negros aprenderam sobre os Orixás, mirongas e feitiços e com os brancos aprenderam sua religião, língua entre outras coisas.
Cores: Amarela e Marrom (castanho)
Comida: Arroz tropeiro, virado de feijão, frutas, dentre outras.
Bebidas: cachaça, pinga, vinho, dentre outras
Local de entrega: Campinas
Data comemorativa: 27 de Agosto
Cores da guia: guia de linha neutra (contas coloridas de todas as linhas)
Saudação: Jetuá, Boaideiro! – Significado “Salve aquele que possui braço forte, Boiadeiro!”
Os Marinheiros atuam na linha das águas (junto com Iemanjá, Oxum e podendo atuar com Nanã). São entidades associadas ao povo do mar como capitão, marinheiro, marujo, navegador, pessoa de população ribeirinha, pescador, canoeiro, pirata, entre outros. Que em vida empreendiam e/ou viajam pelos mares, enfrentando toda sorte de infortúnios.
Os marinheiros trazem com seu jeito a dispersão de fluidos oriundos do baixo astral, ótimos guias para desmanche de feitiçarias, bebericando seu rum, conhaque ou cachaça apesar de seu modo cambaleante, estão mantendo o equilíbrio encimando ondas vibratórias densas que emanam de energias maléfica. Eles realizam passes de cura e descarrego, fluidificando e energizando o médium e a assistência.
Seus concelhos e mensagens são sempre cheios de esperança e fé, porem essa falange costuma ir direto ao ponto, de forma prática e direta, sem rodeios, porém de forma muito acolhedora aos consulentes. São fortes, pois enfrentam guerras e mares agitados, mas também conheceram a calmaria e a bonança. Assim, conseguem atingir fundo as almas dos aflitos que costumam procura-los em busca de auxílio.
Os marinheiros de Iemanjá (que é pólo positivo e irradia energia, da calunga grande: o Oceano) levam essas boas vibrações aos seus filhos, distribuindo assim o amor da Mãe das Águas para todos aqueles que necessitam de seu amparo.
É importante apontar que para esse Guia chegar a exercer suas atividades, ele precisa de muito preparo pois no mar ele tem que aprender a lidar com a energia de praticamente todos os Orixás para encontrarem estabilidade, ou seja, são as forças naturais presentes naquele ambiente que devem ser respeitadas para o alcance de equilíbrio, estão dentre elas: os tufões de Iansã, as correntes marinhas de Ogum, os raios de Xangô, os bancos de areia de Omulu e a calmaria de Oxalá por exemplo.
A vibração que eles trazem ao terreiro é de grande comemoração e alegria. Costumam ser muito agitados e brincalhões e têm uma característica bem interessante: assim que chegam ficam cambaleando, como se estivessem bêbados. Essa situação confunde muito as pessoas que não conhecem seus “trejeitos”, pois esse desiquilíbrio não possui relação alguma com bebida, e sim com o balanço do mar. Eles entram para o trabalho totalmente envoltos nas ondas da energia de Iemanjá e é por isso que ocorre a tontura e desiquilíbrio inicial.
Esses movimentos também liberam energias ondulares que por sua simples presença já começam a limpeza de tudo que é negativo no local, são das águas que a vida surge, ela é carregada de emoção e sentimentos de aconchego e motivação. Portanto, a limpeza espiritual em uma Gira de Marinheiro parte justamente das emoções das pessoas que ali estão
Cores: Azul escuro
Comidas: Manjar branco, coco, mel, cravo, dentre outros
Bebidas: Rum, cachaça, conhaque, dentre outras.
Local de entrega: Praia
Data comemorativa: 13 de Dezembro
Cores da guia: guia de linha neutra (contas coloridas de todas as linhas)
Saudação: Salve o povo do Mar! ou Salve a Marujada!
De um modo geral, os baianos são tidos como pessoas alegres e teimosas em afirmar sua identidade cultural. Os baianos da Umbanda, são guias que mesclam características da direita e da esquerda, nas giras ele se apresenta com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo para casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.
É uma linha que traz uma mensagem de conforto, por estar mais próxima do nosso tempo. São os espíritos responsáveis pela “esperteza” do homem em sua jornada terrena. No desenvolvimento de suas giras, os baianos trazem como mensagem e forma e o saber lidar com as adversidades de nosso dia-a-dia, com a alegria, a flexibilidade, a magia e a brincadeira sadia.
Os baianos representam a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na “escola da vida” e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do povo brasileiro, isso mesmo, não necessariamente os baianos serão só o povo nascidos na Bahia e sim todo o povo brasileiro (indiferente de sua região).
É uma linha responsável por desmanchar demandas, são conselheiros orientadores. A gira de baianos nada mais é do que a alegria de um povo que foi e é sofrido, mas que não perde a esperança por possuir uma fé inabalável e uma experiência em lidar com problemas.
Com seus cocos, azeite de dendê, comidas típicas, realizam trabalhos em prol da evolução espiritual de todos. São espíritos mais próximos de nós, e conseguem facialmente transformar a triste em alegria e esperança.
Cores: Amarelo
Comidas: coco, cocada, farinha de mandioca, dentre outras.
Bebidas: água de coco, cachaça, batida de coco, dentre outras.
Local de entrega: próximo de igrejas
Data comemorativa: 25 de Novembro
Cores da guia: guia de linha neutra (contas coloridas de todas as linhas)
Saudação: É da Bahia meu Pai.
Ciganos é uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual.
São entidades oriundas de um povo muito rico de estórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram em comunidades. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
Seus fundamentos são simples, trabalham com as energias do oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza.
Santa Sara Kalli é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Ciganos na umbanda trabalham para o progresso financeiro e para causas amorosas. Cheios de simpatias espirituais, trabalham para cura de doenças (principalmente espirituais).
O povo cigano é guardião da liberdade, seu lema é “O céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a liberdade minha religião”, traduzindo um espirito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas. A vida é uma grande estrada, a alma é uma pequena carroça e a Divindade é o carroceiro.
Em sua maioria, os ciganos são artistas, exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. A prática da Quiromancia para o Povo Cigano não é um sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espirito; sobre a saúde e o destino.
A família é a base da orientação social dos ciganos, esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para eles a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética, honra e justiça, senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam qualquer um e sistema.
Durante giras com ciganos não é comum vermos trabalhos de quebra de demandas ou algo mais pesado. Simplesmente porque eles estão presentes para ensinarmos a encararmos os obstáculos da vida e entender o seu fluxo natural. Eles querem que todos percebam que tudo é opcional, a dor também, e que somos livres para buscarmos o que nos trará a verdadeira felicidade.
Cores: Todas as cores (exceto o preto)
Comida: Frutas (diversas), pães, mel, especiarias, dentre outras
Bebidas: Vinho tinto e branco, ponches, água
Outros materiais: Flores, lenços, fitas coloridas, leques, incensos, dentre outros.
Local de entrega: Rua ou encruzilhada
Data comemorativa: 24 de Maio
Cores da guia: guia de linha neutra (contas coloridas de todas as linhas)
Saudação: Arriba Povo Cigano!
A palavra Quimbanda, da língua portuguesa, apesar de se originar da palavra africana, é uma linha diferenciada de trabalhos espirituais dentro da Umbanda, os chamados trabalhos de Esquerda da Umbanda, mais focada em trabalhos com entidades específicas como Exús, Pombagiras, Exu-Mirim, alguns Pretos Velhos e alguns Caboclos quimbandeiros. As entidades quimbandeiras, de acordo com a cosmologia umbandista, manipulam forças negativas, o que não significa que sejam malignos. Geralmente estão presentes em lugares onde possam haver kiumbas, obsessores, também conhecidos como espíritos atrasados. Trabalham arduamente para anular e neutralizar demandas pesadas enviadas aos frequentadores ou filhos do terreiro.
Exus na umbanda: corresponde à vibração energética de um espirito que já conheceu as profundezas do mal e do apego à matéria e agora decidiu trabalhar apenas para a Luz. Sendo assim, nada mais indicado que um Exu para cuidar de questões cármicas mais sérias e materiais dos homens e para protege-los daqueles que ainda não decidiram caminhar para o bem e para a Luz. Exús são espíritos de luz da Umbanda que nos protegem nas áreas pessoais, afetivas, profissionais e financeiras.
Hoje em dia; encontram-se em um estado evolucionário superior, que permite ajudarem a quem recorrer a eles, vencendo problemas e diversos obstáculos da vida. À medida que ajudam os encarnados, encontram também evolução espiritual; sendo uma troca mútua de boas energias. Essas entidades tem uma vibração energética muito alta, e trabalham em questões práticas do dia a dia com muita eficiência. Atuam com maestria.
Exus trabalham para o bem, trabalham em busca da evolução e da pratica do bem, portanto ao contrário dos mitos envolto, os Exus trabalham para resolver os assuntos imediatos, mas nunca prejudicar alguém, sua função também está em defender a porteira dos terreiros.
Como esses guardiões são protetores, precisam afastar e espantar o mal, conhecem as vibrações dos espíritos mais baixos e alguns dos mecanismos que tem para afastá-los, marcando o território com risadas, tridentes, passadas bruscas e palavrões (dependendo das exigências e regras das casas).
Essa linha conhece o bem e o mal de perto e ainda vibram em frequência próxima à matéria, sendo os primeiros a nos ajudar com questões materiais. São sempre muito honestos e costumam deixar bem claro para o consulente a responsabilidade por suas escolhas e ações.
Eles são os guardiões dos caminhos, soldados dos Pretos-Velhos, emissário entre os homens e os Orixás, lutador contra mal, sempre de frente, sem medo, sem mandar recados, responsáveis pela estabilidade astral.
Em seus trabalhos cortam demandas, desfaz trabalhos, feitiços e magia negra, feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos e desobsessões retirando os espíritos obsessores, e os encaminhando para a luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral. Quando a Lei deve ser executada, eles a executam da melhor maneira possível doa a quem doer.
Cores: Preto, Vermelho ou Preto e Vermelho
Comidas: Exu – farofa de milho com cebola, pimenta e azeite de dendê.
Bebida: Exu – Whisky, conhaque, Vinhos e marafo.
Local de entrega: Rua, encruzilhada ou cemitério
Datas comemorativas: 13 de Junho (Exu) – 06 de Janeiro (Exu-Mirim)
Dia da semana: Segunda-Feira
Cores da guia: contas preta e contas vermelha
Saudação: Laroyê exú! (yorubá) “Saudação amiga à Exú
Conhecidas por: Pombagira, Pomba Gira, Bombo Gira, Pombogira seu nome deriva de Pambu Nijila, como é conhecida em África.
Muitos mistérios cercam sua história, e para explicar sobre sua existência teremos que entender um pouco mais da estrutura da Umbanda.
A Pombo Gira é mulher e ela possui todos os instintos femininos ao extremo, nos ensinando a agir com força e convicção. Devido as diversas influências culturais da nossa sociedade e as demais religiões, Pombogiras tiveram suas imagens marginalizadas e distorcidas do que realmente representam na Umbanda.
Por outro lado, a Bombo Gira sempre luta contra pensamentos machistas, ela não é subjugada e não há interferência mundana alguma em tuas ações, sendo assim poderosas e destemidas, não baixando a cabeça para nenhum confronto, livre de qualquer estereótipo e das convenções sociais.
Essa sua visão mais ampla da vida e dos instintos humanos a tornam dominadora do campo em que se manifesta e passa sua mensagem sempre com muito crédito e de fácil compreensão.
Com essas guias, espere sempre por sinceridade, se desligue da hipocrisia e seja honesto, pois o seu sorriso te renderá e facilmente até mesmo os mais tímidos entregam todas as verdades para elas.
Muitas pessoas procuram compreender o que é Pombogira, ela está no Trono do Estímulo e Desejo e isto não significa somente os desejos sexuais, mas também a motivação, vontade de viver e de correr atras de seus objetivos.
A Pombo Gira é a protetora da mulher apaixonada, mãe e que procura forças para lutar e alcançar os seus objetivos. Ela é sedutora, mas não aceita de forma alguma imposições sociais, o importante na vida é vivê-la no limite das realizações e felicidade.
Cores: Vermelho, Vermelho e Preto e Preto
Comida: Farofa doce, morangos, cerejas. Dentre outras
Bebidas: Vinhos, espumantes, bebidas doces, dentre outras
Local de Entrega: Encruzilhada, Rua ou cemitério
Data comemorativa: 08 de março
Dia da semana: Segunda Feira
Saudação: Laroyê Pomba Gira; “Salve Pomba Gira”